Foi lançado nesta sexta-feira (4/3), na usina hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, o primeiro projeto de exploração de energia solar em lagos de usinas hidrelétricas com uso de flutuadores no mundo. No momento em que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, acionou, diante de autoridades e convidados, o protótipo de usina solar fotovoltaica de 64 m² instalado sobre flutuadores no lago da hidrelétrica, reproduziu o que acontecerá quando o Sistema estiver em funcionamento pleno, com mais de 50 mil metros quadrados, equivalente a cinco campos de futebol: o painel de controle apontou imediatamente a energia que começava a ser gerada, com pequenas oscilações a cada nuvem mais pesada que passava.
Braga explicou que a nova tecnologia pode trazer mais racionalidade econômica e reduzir custos das tarifas, ao permitir o uso de capacidade ociosa de sistemas do setor elétrico. “Nós estamos gerando hoje, aqui em Balbina, em função da seca que está no lago, um pouco mais, um pouco menos que 50 MW, Ou seja, nós temos uma linha de transmissão de 230 Kv, nós temos uma subestação, e essa subestação e essa linha de transmissão estão subutilizadas. Tem espaço, é como se você tivesse uma avenida em que você poderia passar lá com 10 mil veículos e você tá passando com mil veículos por hora”, comparou.
No caso específico de Balbina, a ampliação da geração com energia solar terá um significado ambiental adicional: “Este lago de Balbina é um dos maiores lagos do mundo. É um dos maiores crimes ambientais que a engenharia já cometeu neste país. Como mitigar o custo deste crime? Melhorando a relação custo benefício desta usina de Balbina”.
Após a conclusão das pesquisas, que serão conduzidas pelas universidades federais do Amazonas e de Pernambuco, o sistema em Balbina poderá ser ampliado de 5MWp para até 300 MW, superando a própria capacidade hidrelétrica da usina e beneficiando cerca de 540 mil residências.
Estiveram presentes ao lançamento os presidentes da Eletrobras, Jose da Costa Carvalho, da Eletronorte, Tito Cardoso de Oliveira, e de empresas do setor elétrico, de entidades de classe, pesquisadores e de participantes do projeto.
Nas semanas seguintes serão aprofundados os estudos da área dos lagos para a ampliação dos sistemas, que na primeira fase terão capacidade de gerar 1 MWp e na segunda irá para 5 MWp. Os projetos serão realizados com recursos destinados a ações de Pesquisa & Desenvolvimento pelas empresas, com previsão de investimentos de quase R$ 100 milhões (R$ 49,964 milhões da Eletronorte e R$ 49,942 milhões da Chesf), em ações previstas até janeiro de 2019. A escolha das duas usinas deve-se ao fato de estarem em áreas de regimes climáticos diferentes, o que permitirá acompanhar o desempenho dos sistemas nas diversas condições de tempo.
Este será o primeiro estudo sobre a instalação usina solar flutuante instalado no lago de usinas hidrelétricas no mundo, que permite aproveitar as subestações e as linhas de transmissão das hidrelétricas e a área sobre a lâmina d’água dos reservatórios, evitando desapropriação de terras. Projetos similares já foram iniciados em outros países, mas em reservatórios comuns de água, não em hidrelétricas.
Cronograma de ações
O cronograma de implantação e pesquisa prevê o início da execução dos projetos em 04 de março de 2016 (Balbina) e 11 de março de 2016 (Sobradinho). A entrega das Plantas Piloto em Balbina e Sobradinho está prevista para agosto de 2016, com geração de 1 MWp em cada unidade. Em outubro de 2017, serão entregues as Plantas Piloto nas duas usinas, com geração de outros 4 MWp em cada unidade (8 MW no total, que se somarão aos 2 MWp das plantas piloto, totalizando 10MWp nas duas plantas). O encerramento do projeto e apresentação dos resultados está prevista para janeiro de 2019.
A pesquisa e o projeto
O projeto de pesquisa analisará o grau de eficiência da interação de uma usina solar em conjunto com a operação de usinas hidrelétricas. A pesquisa focará fatores como a radiação solar incidente no local; produção e transporte de energia; instalação e fixação no fundo dos reservatórios; a complementariedade da energia gerada; e o escoamento desta energia. Os resultados dos projetos permitirão avaliar a eficácia da produção média de energia solar nesses locais.
As entidades que participarão do projeto são Sunlution, WEG, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (FADE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fundação de Apoio Rio Solimões (UNISOL) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
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